Perspectivas Desfavoráveis para o Banco do Brasil em 2025: Queda na Rentabilidade Prevista

Análise do Cenário Atual do Banco do Brasil

Recentemente, as ações do Banco do Brasil (BBAS3) enfrentaram uma queda significativa na B3, refletindo um panorama preocupante para o segundo trimestre de 2025. As expectativas dos analistas não são nada animadoras, com previsões de resultados financeiros fracos, caracterizados por lucros em declínio, rentabilidade pressionada, além de um crescimento na inadimplência e aumento nas provisões.

Queda no Retorno sobre Patrimônio Líquido

De acordo com a avaliação do Goldman Sachs, o Banco do Brasil poderá registrar o menor retorno sobre patrimônio líquido (ROE) em quase uma década. As projeções indicam uma queda acentuada, com o ROE estimado em 11% entre abril e junho de 2025. Esse desempenho é marcadamente inferior ao ROE de 16,2% observado no primeiro trimestre e aos 21,6% do mesmo período em 2024.

Pressões Provenientes do Agronegócio

Os especialistas acreditam que o agronegócio será mais uma vez um fator crucial no desempenho negativo do Banco do Brasil. O aumento das provisões para a agricultura deve impactar significativamente a rentabilidade, com os analistas destacando uma crescente incerteza sobre a qualidade dos ativos na carteira rural do banco. “O Banco do Brasil está enfrentando um cenário desafiante em relação à qualidade de seus ativos rurais e às possíveis consequências no custo do risco”, afirmam os analistas do Goldman Sachs.

Impacto da Inadimplência e Projeções de Lucro

Com a inadimplência em alta, as previsões apontam para um aumento de 37% nas provisões em comparação ao trimestre anterior e quase 80% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mesmo diante dessas adversidades, o Goldman Sachs projeta que o lucro líquido do Banco do Brasil será de R$ 5 bilhões no segundo trimestre, um declínio substancial de 32% em relação ao trimestre anterior, representando uma queda quase de 50% em comparação ao segundo trimestre de 2024.

A Expectativa por Melhorias Financeiras

Embora haja pressão sobre a lucratividade, estima-se que a margem financeira do Banco do Brasil apresente alguma recuperação em relação ao trimestre anterior, especialmente devido aos custos de captação mais baixos. Ademais, a expectativa é de uma recuperação sazonal nas tarifas, enquanto as despesas devem crescer em linha com a inflação e tarifas aumentadas.

O Que Esperar dos Dividendos e Projeções Futuras

A atenção dos investidores também está voltada para a possível divulgação de novas diretrizes e faixas de distribuição de dividendos, que podem ser fatores decisivos para a valorização das ações do Banco do Brasil. Apesar do cenário pessimista em relação ao desempenho, o Goldman Sachs mantém uma recomendação neutra para os papéis do BB, estabelecendo um preço-alvo de R$ 23 para os próximos 12 meses, o que sugere um potencial de alta de 10% em relação ao último fechamento.

Considerações Finais sobre os Investimentos no Banco do Brasil

Os analistas, entretanto, também veem a possibilidade de desvalorização adicional das ações do Banco do Brasil, uma vez que os papéis estão sendo negociados a um múltiplo de preço/lucro de 5 vezes, enquanto análises sugerem que o correto seria algo em torno de 4 vezes. Essa discrepância é um sinal de alerta para os investidores que acompanham o desempenho do banco.

Pontos-Chave sobre o Banco do Brasil

  • Expectativa de ROE de 11%, o mais baixo em nove anos.
  • Projeção de um lucro líquido de R$ 5 bilhões no 2T25.
  • Aumento previsto nas provisões em virtude da inadimplência.
  • Possível recuperação nas tarifas e margem financeira.
  • Manutenção da recomendação neutra nos papéis do banco.

Com um futuro incerto, investidores interessados no Banco do Brasil devem acompanhar as atualizações e análises do mercado financeiro. Para saber mais sobre o cenário econômico e como isso pode impactar suas decisões, consulte informações atualizadas em fontes confiáveis como InfoMoney ou Valor Econômico.

Caso você queira explorar mais sobre a atuação do Banco do Brasil e sua influência no mercado, visite o site Capital Evolutivo para mais detalhes: Banco do Brasil.

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